Neste artigo, gostaria de trazer para uma melhor reflexão algo que todos os dias é objeto de duvida para o consumidor quando sai para comprar um seguro.

Bombardeado pelos canais de venda, sejam eles bancos, cooperativas, vendedores de veículos, sites de venda online entre outros, o consumidor muitas vezes é levado a erro e se perde na análise de custo e benefício, passando a procurar somente o melhor preço final, deixando de lado a comparação de todo escopo do contrato, que podem leva-lo à perda de direito quando precisar utilizar o seguro, tais como :
– Clausulas contratuais , em torno de 200 clausulas em média;
– Franquias;
– Perfil do condutor;
– Respostas fornecidas na avaliação e precificação do risco;
– Limitação de quantidade de utilizações e distancia para utilização dos serviços de assistências.

Como Corretor de Seguros e Bacharel em Direito, deixo duas dicas:

01 – Para fazer uma comparação do custo benefício do melhor contrato a adquirir, exija sempre uma proposta timbrada em PDF da Seguradora, nunca aceite proposta em planilhas, e se um fornecedor lhe enviar proposta fora do padrão PDF, desconfie, pois ele pode não estar lhe passando todas as informações que você precisa saber para decidir;

02 – Saiba distinguir os canais de venda:

Banco – Tem profissionais que atuam genericamente em todos os seguimentos, vendendo desde o serviço operacional que exercem dentro do banco, até investimento, capitalização, previdências , seguros e etc, com objetivo de bater metas, mas não é especialista no assunto e sempre que ocorrer um conflito, se posicionará em favor do banco para quem trabalha e contra você, segurado;

Cooperativas – Tem um excelente apelo, pois assim como as seguradoras, buscam socializar o risco com o grupo e tem grande possibilidade de cortar custo, pois disponibilizam menos serviços e com coberturas limitadas. O risco é que como cooperado , você não é consumidor, mas sim sócio do negocio e se a cooperativa fizer má gestão dos custos, você além de não poder reclamar em juízo, ainda tem que arcar com custos adicionais, o que não te põe na melhor das situações.

Agência e Vendedores de veículos – Geralmente tem preços competitivos pois possuem um corretor de plantão que opera com todas seguradoras e se dispõem a trabalhar pelo mínimo de comissão, o risco é que este “ corretor “ ou vendedor tem como foco somente a comissão do seguro, e não vai formatar seu contrato da forma correta, até para poder ganhar a concorrência, não vai lhe atender 24 hrs por dia em caso de sinistro e nem vai te lembrar no ano seguinte do vencimento do seguro.

Sites de venda online –  Este canal é voltado para o cliente que não quer relacionamento, somente o melhor preço, e se fosse só isto estaria perfeito para quem quer resultado imediato . Ocorre que diferente de estar comprando uma TV, que tem marca e modelo e ponto final, o seguro é um contrato extremamente complexo com clausulado que varia de 150 a 300 clausulas, e o consumidor é, na maioria das vezes, levado a erro por dar foco somente no preço. Infelizmente, como Advogado, temos recebido em nosso escritório dezenas de clientes que tiveram indenizações negadas por seguros comprados no canal errado e da forma errada, onde deixaram de pagar a mais 100,00 de comissão ao profissional corretor, para pagar entre 10.000,00 e 20.000,00 de honorários advocatícios para tentarmos reverter a negativa de suas indenizações.

Corretores de Seguros – São profissionais habilitados e regulamentados pela Susep, tem responsabilidade Civil pela escolha das seguradoras e pela sua insolvência, são especialistas em contratos de seguros, não representam seguradoras, mas sim os segurados, por isso em caso de litigio entre ambos, se posicionam sempre em favor do segurado, operam com todas as seguradoras, por isso buscam sempre as com melhor custo benefício para os segurados. São, inquestionavelmente, a melhor opção para se fazer um seguro.

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Agostinho Miranda Junior
Corretor de Seguros e Bacharel em Direito

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